Tira nº 232 – CiEL#0124
Como os leitores bem sabem, eu aprecio muito a simbologia, sobretudo se incluir mulheres nuas, em idade núbil, e um bom duche dourado.
Esta tira é uma reflexão sobre uma certa atitude nacional, de um país de supostos “brandos costumes”. Um presidente da câmara é corrupto, mas “faz muito pela terra”, um marido grunho bate na mulher, “mas ele gosta de mim, e eu acredito que ele pode mudar”, um terrorista é condenado a uma pena de prisão, mas ele “fez muito pelo país” e por uma questão de “pacificação nacional” vamos lá amnistiá-los todos.
É bom saber que se fizermos merda, por exemplo, na estrada, podemos sempre tentar convencer o porreiro do polícia: “ó sr. polícia, esqueça lá isso, eu moro já ali, só bebi um copito a mais, quem é que não bebe, não volta a acontecer, está bem?”
(*)
P.S.: Tenho também umas tiras “anti-direita”, para não alhear os leitores radicais de “esquerda”, a publicar em breve. Já agora, uma dedicatória, profundamente sentida: para o caralho a “esquerda”, que se foda a “direita”, e o “centro” que vá levar no cu bem fundo até dizer “ai”. Mas nada de promiscuidade, está bem? Sempre com os companheiros ou parceiros sexuais de sempre. Não têm que ir por aí a um bar do Cais do Sodré para arranjar um pénis, uma vagina ou um ânus, para consumar o acto. De qualquer forma, usem preservativo, para evitar doenças sexualmente transmissíveis, e uma máscara para acautelar a febre suína, porque o México é já ali. Além disso, uma máscara é uma forma barata de tornar o sexo um pouco mais kinky. Chica me gustas mucho, pero con una mascarita me gustas más.
(*) Com Favaios, Vila dos Gamas e Bushmills.
April 27th, 2009 12:07
Há uma forma desta tira agradar a toda a gente – da esquerda (cospe), à direita (escarra) -, que é utilizar uma folha de papel minimamente opaca e tapar metade da imagem. A esquerda se é de direita (cospe), e a direita se é de esquerda (escarra). Bom, admito que alguma esquerda tenha dificuldade em associar um duche dourado à liberdade, mas a culpa não é minha, mas sim das limitações culturais que atrofiam as raízes do pensamento intelectual do nosso país. Dou apenas o meu contributo, modesto, modesto.
April 28th, 2009 16:01
malditos cumunas inda por cima roubaram a côr ao glorioso!! ;))